Mais uma vida que se vai…de forma trágica, dolorosa, sem tempo para pensar e deixa tempo infinito para sofrer. Foi distração, brincadeira, imaturidade??? Uma jovem de 20 anos levou um tiro do namorado. Segundo informação do portal diamanteonline.com.br, no momento do ocorrido, eles estavam no quarto e ele manuseava uma espingarda calibre 22. A arma disparou e atingiu a cabeça da menina, que morreu no local. A tragédia aconteceu em João Pessoa, na Paraíba.
Ambas as famílias vão sofrer a dor da perda, a dor da ausência, do sofrimento, do julgamento, do dito pelo não dito até que se saiba de fato o que realmente aconteceu. A polícia fará o seu papel e a sociedade vai lamentar, julgar, talvez até caluniar. Mas, nada trará a vida dessa moça de volta. E, para quem realmente a ama, esse amor se eterniza. Uma ferida no peito que não sara, se aprende a conviver com a ausência, porque outro jeito não há.
Não tenho a intenção de apontar o dedo para o certo e para o errado, para isso existem os órgãos competentes, mas, me chama atenção o fato de haver uma arma dentro de casa e essa arma ser de fácil acesso. Li também que o rapaz serviu ao exército. Ok! Isso justificaria uma arma dentro de casa? Pertencia a ele? Pertencia ao tio? Ele preenche os quesitos necessários para ter porte de arma? O que eu coloco aqui é, o quão importante é não termos acesso a esses artefatos, que tudo poderia ter sido evitado se o jovem não tivesse acesso à arma.
Então, será que não está passando da hora de revermos como nossos adolescentes pensam e como eles veem a questão do desarmamento. O rapaz certamente não tinha habilidade suficiente para manusear uma pistola. Será que não já passou do momento de nós trazermos esse questionamento para nossas rodas de conversa, dentro e fora do ambiente familiar. Quantas Luannas terão que perder a vida e quantos Yuris seguirão carregando esse sofrimento?
Márcia Rios – Jornalista
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