A violência é um problema social, que afeta os países, principalmente os denominados em desenvolvimento. Infelizmente, os governantes dessas nações não têm a devida sensibilidade para investir nesse segmento, que deveria ser uma das prioridades de todo administrador público, comprometido com o bem-estar social de sua população. No Brasil, por exemplo, em 2008 a violência foi responsável pela morte de seis em cada dez jovens, sendo que 63% com idade entre 15 e 24 anos. Em relação aos adultos, menos de 3% tiveram mortes por causas violentas, enquanto que 90% dos óbitos foram em decorrência de causas naturais, de acordo com o Mapa da Violência, do Ministério da Justiça.

Já a América Latina, é a região mais violenta do mundo, informa o Programa das Nações Unida para o Desenvolvimento. A região tem uma média de 23 assassinatos por ano, para cada 100 mil habitantes. Apesar da América Latina ter 9% da população mundial, 27% dos homicídios registrados, em todo o planeta, acontecem na região. Os dados são, na verdade, preocupantes e medidas de segurança devem ser implementadas para que o quadro lamentável possa ser revertido.

Mesmo sendo tão antigo, a questão da violência ainda continua um caso insolúvel, embora, quando querem conquistar o poder, os candidatos usam como plataforma política a segurança pública, o que ocorre, inclusive, no que concerne à saúde pública e à educação, setores que merecem, igualmente, maior atenção. Por conta de tanto descaso administrativo, como a corrupção que ocorre, em profusão, nos países latino americanos, é que não sabemos até quando vamos ter que suportar tal situação.

Entretanto, todos devem conscientizar-se de que os maus governantes devem ser eliminados da vida pública e só assim tais mazelas possam ser, pelo menos, diminuídas. É o que podemos esperar, a partir de agora! Aliás, o escritor maranhense Humberto de Campos já dizia que “o Brasil é um mundo de provas e expiações”. A frase do notável escritor merece uma reflexão dos governantes das nações, que ostentam estatísticas tão negativas.

* Artigo publicado originalmente no Diário do Nordeste, de 10 de novembro de 2011 e reproduzido neste site com autorização do autor

Ivan Mendes – jornalista e advogado

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