Diferenciar liderança de ‘chefia’ tem sido objetivo fremente das palestras motivacionais Brasil afora. É certo que muitas vezes o ocupante de um cargo de chefia é, também, um líder nato, no entanto, há ocasiões em que o ‘chefe’ mal disfarça o incômodo de ter, em sua equipe, um integrante cuja liderança natural atrai a admiração dos demais companheiros tornando-os, não raras as vezes, fiéis seguidores.


Mas afinal, qual a marca da liderança? Qual o conjunto de características que podem definir um líder?


Inicialmente pode-se determinar que o líder é alguém que, mesmo em uma função ‘básica’, diferencia-se dos demais não somente porque tem grandes ideias – embora estas sejam necessárias – mas fundamentalmente porque é um estrategista capaz de estabelecer um rumo que o leve à execução não somente de suas próprias ideias mas também das que forem lançadas por outros integrantes de sua equipe, afinal, é preciso ser um bom executor para que os planos aconteçam.


Humildade para reconhecer, valorizar e gerenciar talentos é outra característica relevante a um líder, pois aquele que teme o talento alheio jamais se destacará, uma vez que estará sempre gerenciando

equipes medíocres.


A competência gera credibilidade e esta se faz necessária não somente na capacidade técnica mas também na capacidade de desenvolver capital humano, ou seja, mesmo que um integrante da equipe não seja brilhante, esse líder será capaz de localizar pontos de melhoria e de integrar as potencialidades deste integrante às

necessidades da equipe, evitando as substituições que acabam por gerar gastos extras às empresas, especialmente nessa época de necessária formação dos nossos colaboradores.


Resumindo, um líder precisa ter senso de inclusão, de respeito à diversidade. Um líder tem coragem para experimentar e, experimentando com responsabilidade, terá condições de chegar aonde nenhum outro chegou, marcando não somente a sua própria história, mas também a de seus liderados e a de toda a sociedade, uma vez que ações inovadoras e firmes sempre passarão a integrar o fazer de outros.


Por fim, embora estejamos num momento histórico de desenvolvimento econômico, momento este que traz como diferencial a necessidade de formação de mão de obra especializada já que o Brasil corre o risco de um ‘apagão’ dessa mão-de-obra, um líder precisa enxergar além da certificação, valorizando também a experiência de quem ‘aprendeu fazendo,’ desse modo atenderá as três dimensões do trabalho – a ética, a estética e a técnica – e será um profissional inspirador.


* Artigo publicado em 16.03.2011 no jornal O Povo e reproduzido neste site com autorização do autor.


Honório Pinheiro é Presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do CE – (presidente@fcdlce.com.br)

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