A fé faz-nos penetrar em profundidade no mistério de Deus e no mistério da nossa condição humana, na certeza de que só Deus pode preencher o coração da criatura humana. Na Oração do Ângelus de 18/09/2016, o Papa Francisco, ao refletir sobre a parábola do administrador infiel, afirmou que existem apenas dois caminhos: o mundo ou o evangelho, a honestidade ou a desonestidade, falando-nos de fidelidade e infidelidade, do bem e do mal, que não se pode oscilar entre uma e outra. E acentuou a importância em decidir caminhar, impulsionados e determinados, confiando na graça do Senhor e no apoio de seu Espírito, afastando-nos do espírito e dos valores do mundo, que são tão apreciados pelo demônio.


A força das palavras do Sumo Pontífice quer nos dizer que somos chamados a dar graças ao bom Deus pelas maravilhas do seu amor misericordioso e infinito, com uma vontade sempre maior da necessidade de se saciar na fonte da verdadeira água: Jesus de Nazaré. Ele é água, é vida, e não devemos ter dúvida de que ela mata a nossa sede e, além de representar a vida, deixa claro do caminho a seguir. Jesus desceu do céu e veio habitar entre nós, com a missão de cumprir o projeto que seu Pai lhe confiou: andando de lugar em lugar e fazendo o bem a todos, propondo-nos um projeto fraterno e solidário, de sermos fiéis e criativos na administração dos bens a nós confiados.


Na estrada exigente da vida, diversas são as circunstâncias, nas quais nos são apresentadas as forças do mal. Sejamos conscientes de que a fé é o indicador a nos dizer que temos que vencê-las, de que necessitamos de novo vigor, que se revela no Filho de Deus, em sua condição divina, e que Ele não se apropriou dessa prerrogativa, ao assumir a condição de servo, tornando-se igual aos homens (cf. Fl 2, 6-7). Acolhamos Jesus de Nazaré na nossa vida, num íntimo esforço de aproximação e na tarefa de edificar seu reino de amor, justiça e paz.


É claro que a força e a energia para atravessar mares, ventos contrários e tempestades inerentes à própria existência, na estrada da vida, buscamos em Deus, que se releva no Livro Sagrado e na Eucaristia. Que a sede e a fome que as pessoas sentem de Deus e do seu projeto de amor sejam um desejo de beber a água verdadeira e o alimento que não se extingue, realização do sonho do Pai, concreto no próprio Filho, no dizer de Dom Helder Câmara: Angelorum esca nutrivisti populum tuum – teu povo se alimenta do pão do céu. Amém!



 

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