A intolerância da cultura da violência chegou a um certo grau que cada um, individualmente, em qualquer segmento da sociedade, está sendo forçado a uma convivência perpassada pelas diversas formas de acontecimentos que trazem na sua essência uma proposta de banalização de tudo aquilo que representa os direitos individuais do cidadão.
Cada vez mais espaços são disponibilizados nos meios de comunicação. Os noticiários a nível nacional em alguns dias colocam inteiramente, do começo ao fim, os fatos e eventos de práticas violentas, nacionais e internacionais, em sua pauta central. É chegada a hora de agirmos no sentido de responder algumas interrogações que há muito vêm sendo suscitadas pelos grandes pacifistas.
A primeira delas, qual o paradigma que regula a nossa atual visão de mundo? A segunda, será o mundo fruto do que pensamos? A terceira, se mudarmos nossa forma de pensar e ver a realidade, esta também se modificará?
Os noticiários em nível nacional, em alguns dias, colocam do começo ao fim, os fatos e eventos de práticas violentas, nacionais e internacionais, em sua pauta central.
No último Festival Mundial da Paz, ano passado, as discussões giraram em torno dessas preocupações, tendo como base assertiva de que “mudar o mundo é mudar de olhar”. Torna-se urgente a mudança do mundo que cada um habita, o que chamamos de universo interior de sensações e sentimentos que modelam toda a realidade ao redor. A partir das transformações individuais, todas as demais serão viáveis.
Urge que todas as pessoas individualmente, as instituições e empresas nas suas respectivas áreas se juntem num verdadeiro mutirão, tendo como proposta objetiva, oferecer seus esforços focalizando fortalecimento de uma cultura de paz. A vontade demonstrada através do esforço de cada um em qualquer lugar do planeta, será o suficiente para a formatação desse caminho.
Neste momento, onde buscar as aspirações para a cultura de paz? A esta pergunta, Leonardo Boff responde com a seguinte frase: “na nossa própria vontade. Se não queremos a paz, nunca alcançaremos”. Como se depreende, afirma Boff, “a paz não nasce por ela mesma. Ela é sempre fruto de valores, comportamentos e relações que são vividos previamente.O resultado feliz é a paz”.
Se a realidade está sendo reconhecida, se acreditamos que mudar o mundo é mudar de olhar, sem delongas precisamos recrutar mutirões para lançar o novo paradigma de uma cultura de paz, que deve ser formatada com urgência. As tecnologias postas à disposição da humanidade precisam ser sensibilizadas no sentido de ceder espaços para que possamos sedimentar a cultura pela valorização do ser humano.
Esta é a proposta da Agência da Boa Notícia, que pauta suas atividades voltadas para o fortalecimento de uma cultura de paz, tendo como aliados os meios e os profissionais de comunicação em seus diversos segmentos.
Francisco Souto Paulino
Jornalista e Presidente da Agência da Boa Notícia
boanoticia@boanoticia.org.br