No mundo atual as principais fortunas pertencem a empresas que tem como origem a produção de conhecimento. Nesse contexto, a inovação é palavra-chave e fator determinante no desenvolvimento das nações. No Brasil, desde 2006, existem diversos incentivos para inovação como financiamentos, benefícios fiscais e o mais atrativo, a subvenção econômica. Essa última modalidade permite a aplicação de recursos não-reembolsáveis diretamente em empresas compartilhando com elas os custos e riscos, o que já vem sendo utilizado em países desenvolvidos e operado de acordo com a Organização Mundial do Comércio.


O Ceará e a região Nordeste estão muito aquém de uma cultura de captação de recursos para inovação. O último resultado de subvenção da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) mostra isso. Nosso Estado teve a aprovação de somente 10 projetos, em um total de 261 aprovados e 450 milhões ofertados. Desde quando foi iniciado, observamos a evolução desses incentivos e, em nossa opinião, o empresário, que poderia viabilizar seu produto ou processo inovador com este recurso, não consegue obtê-lo, pois a falta de informação e a elaboração da proposta são os principais entraves. Quando a ideia é apresentada, geralmente vai de maneira confusa. No resultado preliminar do FIT-Funcap foi possível identificar que temos empresas inovadoras, mas para captações a nível nacional precisamos melhorar e aumentar o volume de nossos projetos.


Agora, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com recursos bem maiores e recebimento de propostas em fluxo contínuo, reforça a imagem de um país que vive um momento ímpar em relação a recurso para inovação. O dinheiro existe e está disponível. Falta, somente, incentivo e orientação para saber quando, onde e a melhor forma de pedir.


* Artigo publicado em 19 de abril no jornal O Povo e reproduzido neste site com autorização do autor.

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