Assisti à cópia ainda não finalizada do filme “As Mães de Chico Xavier”, a convite do produtor, Luís Eduardo Girão. Como o filme só será lançado em abril, ele nos pediu para não sair com nenhum spoiler, e eu, claro, não vou quebrar a confiança, sorry. O que posso falar sobre o filme é que vale a pena. De todas as produções que remetem de alguma forma ao médium espírita, talvez seja esse o mais comovente, com um roteiro bem amarrado e sem enveredar por questões meramente doutrinárias, que muita vezes aborrecem o público que não professa a religião espírita e empobrece a história.

Basicamente, o filme retrata a vida de mães e parentes de pessoas que desencarnaram (para usar o termo espírita), e procuram no mineiro Chico Xavier em busca de algum conforto espiritual. A história dessas mães é acompanhada por um repórter materialista, que se descobre em meio a farto material jornalístico, diante do que encontra em Minas Gerais. Mas o filme vai muito além disso, discute o sentido da vida, as repercussões de nossas atitudes, e os nossos valores diante das transformações do mundo.

O filme foi quase todo rodado no Ceará, com uma produção de primeira linha. Mesmo sem se reportar em qual época a historia se passa, a utilização de veículos antigos dá veracidade às cenas. Para os amantes de carros antigos, o mercedes conversível mostrado no início da produção é de encher os olhos.

Considerei um ponto alto a intepretação da atriz Tainá Müller, que faz uma jovem com uma gravidez indesejada, vivendo o dilema entre se entregar à maternidade ou abortar o futuro filho. Também o repórter vivido por Caio Noblat passa credibilidade. Enfim, todo o elenco está muito bem, o que não é muito fácil, quando se trata de caracterizar pessoas reais, muitas delas ainda estão vivas.

Recomendo, independente de suas crenças espirituais ou religiosas. Mesmo se quiser tratar a obra como ficção, ela é capaz de lhe prender a atenção e tocar o seu sentimento.

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