Débora Seabra é exemplo de superação, inclusão e educação. Aos 34 anos, Débora, natural de Natal (RN), é a primeira professora com Síndrome de Down do país. Em outubro, ela recebeu o Prêmio Darcy Ribeiro de Educação 2015, que é organizado pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e elege, anualmente, três pessoas consideradas destaques na área de educação.


Filha da advogada Margarida Araújo Seabra de Moura com o psiquiatra José Robério Seabra de Moura, Débora sempre estudou em escolas regulares, por insistência de sua mãe. A experiência a tornou uma defensora da inclusão de pessoas com Síndrome de Down. Essa luta por oportunidades semelhantes às que teve durante sua formação fez com que a educadora se tornasse uma referência e fosse indicada ao prêmio.


Há 10 anos, Débora trabalha como professora assistente em turmas de educação infantil e primeiro ano do Ensino Fundamental na Escola Doméstica, instituição de ensino particular, que fica em Natal.


O nome da professora foi indicado a concorrer ao prêmio pelo deputado federal Rafael Motta (Pros-RN). “Ela é um orgulho para todos os potiguares e essa é uma justa homenagem por sua competente atuação no setor educacional do Rio Grande do Norte”, contou o deputado. Ao escolher os homenageados, a Comissão de Educação levou em consideração critérios como originalidade ou caráter exemplar das ações educativas desenvolvidas pelos indicados ao prêmio.

Em tempo

Além de ser a primeira professora do Brasil com Síndrome de Down, a potiguar integra um grupo de teatro e lançou recentemente um livro chamado “Débora conta Histórias”, que reúne fábulas infantis com mensagens de apoio ao direito de ser diferente. Débora também roda o Brasil e outros países, como Portugal, dando palestras sobre o combate ao preconceito.


“Houve um lançamento (do livro) em Natal, um em Recife, onde ela palestrou para 4.380 pessoas, participou da Bienal do Livro de Maceió, onde palestrou também. Depois de tantas palestras, Débora recebeu um convite muito honroso de fazer uma palestra na ONU, do Dia Internacional da Síndrome de Down”, relata a mãe da professora, Margarida Seabra.


Atualmente, o Brasil conta com cerca de 300 mil cidadãos com Síndrome de Down. No entanto, segundo a Federação Brasileira de Associações de Síndrome de Down, apenas 60 delas iniciam cursos profissionalizantes por ano.


Com informações do site http://noticias.universia.com.br/

Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal

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