Trabalho Social Voluntário é algo presente na vida da pedagoga e estudante de Educação Física Michelly Alcântara. Ela é voluntária no Projeto Remar. “É assim que procuro me tornar um ser humano melhor, através do trabalho realizado para pessoas com necessidades especiais”, afirma Michelly.
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Michelly, outros voluntários e alunos em momento de atividades de reabilitação e socialização do projeto |
Segundo o dicionário da língua portuguesa, “remar” significa manobrar os remos para fazer avançar a embarcação. É exatamente isso que Michelly Alcântara e seus amigos voluntários buscam com o Projeto Remar. As manobras são cheias de amor, doação e muita força de vontade.Todos em busca da inclusão social de pessoas que possuem algum tipo de deficiência.
O Projeto Remar é um projeto social sem fins lucrativos que visa promover a inserção de pessoas com deficiência à pratica de esportes de aventura aquática, com atividades de reabilitação, socialização e lazer de forma lúdica. As atividades acontecem na Lagoa do Colosso, em Fortaleza. A pedagoga e estudante de Educação Física Michelly Alcântara é voluntária no Projeto Remar.”É assim que procuro me tornar um ser humano melhor, através do trabalho realizado para pessoas com necessidades especiais”, afirma Michelly, que conta à Agência da Boa Notícia (ABN) sobre o projeto e sua experiência na realização desse trabalho.
(Agência da Boa Notícia) – Como o projeto chegou até você?
Michelly Alcântara – Sou pedagoga e estou no último semestre de Educação Física na Estácio. Conheci o Projeto Remar através do professor Vicente, na disciplina de esportes adaptados. Ele sempre pede para os alunos vivenciarem o esporte adaptado lá no projeto. É uma experiência totalmente diferente. Hoje, vejo as pessoas com necessidades especiais com outro olhar. É com a convivência que aprendemos a ajudar a essas pessoas. Assim, essa passou a ser a minha causa.
(ABN) – Como o projeto se mantém? Quantas pessoas são beneficiadas?
O espaço e os materiais são cedidos pelo proprietário da Lagoa do Colosso. O projeto é para qualquer pessoa com deficiência sejam crianças, jovens e idosos. Atualmente, temos 60 alunos.
(ABN) – Quais atividades são desenvolvidas?
As atividades esportivas são direcionadas por profissionais de Educação Física e acadêmicos dessa área, como também a participação de outros profissionais como fisioterapeutas, turismólogos, psicólogo, pedagogos e instrutores esportistas. Todos são voluntários. As atividades são adaptadas de acordo com a especificidade de cada deficiência. Cada aluno tem um fichário com dados pessoais e médicos, para que seja feito um trabalho individualizado de acordo com as necessidades de cada pessoa. São atendidas pessoas com deficiência intelectual, motora, sensorial e múltipla. O projeto objetiva oportunizar a inclusão das pessoas no esportes de aventura, oportunizando novas vivências num ambiente aquático com contato direto com a natureza, através da prática do remo no caiaque e stand-up, o qual estimula o trabalho de força, coordenação, equilíbrio, abdômen, braços e pernas; onde a pessoa rema de pé sobre uma prancha.
(ABN) – Quais os principais desafios para seguir com o trabalho voluntário?
Nossa carência, hoje, são materiais para a prática dos esportes como: caiaques e salva vidas; e mais voluntários que tenham compromisso com o voluntariado. O projeto é mantido por doações.
(ABN) E os avanços alcançados?
Os benefícios de um esporte praticado por pessoas com deficiências não se resumem só aos praticantes, mas também aos seus familiares, pois a evolução em cada movimento, nas capacidades físicas, saber que elas também podem ir muito mais além, isso as motivam e aumenta sua autoestima. A interação entre os familiares é de grande importância, pois é através da troca de experiências que dividem suas dificuldades, conquistas, assim se tornam mais fortes pra lutarem pela mesma causa: inclusão.
Serviço
Projeto Remar
Todas às quartas feiras de 8h às 10h, na Lagoa do Colosso
Avenida Hermenegildo Sá Cavalcante, bairro Edson Queiroz , Fortaleza