Ana Carolina Cáceres, do Mato Grosso do Sul, é um símbolo da luta em favor da vida, pois, aos 24 anos, superou todas as expectativas médicas e hoje leva uma vida normal.
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Ana teve a infância marcada por cirurgias e cuidados redobrados com a saúde |
No próximo mês de fevereiro, no retorno do recesso, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5581. No pedido, a possibilidade de ampliação judicial de casos permitidos para a prática do aborto. Para impedir que a ADI seja a aprovada, o Movimento em Favor da Vida (Movida), a Associação Casa Luz, a Obra Lumen de Evangelização, o Lar de Clara e diversas outras entidades locais promovem um ato público contra o aborto e contra a Ação Direta de Inconstitucionalidade, em Fortaleza.
O Ato Nacional em Defesa da Vida está marcado para o próximo domingo (22), às 16 horas, na Praça Portugal, em Fortaleza. A jornalista Ana Carolina Cáceres, do Mato Grosso do Sul, é uma das presenças confirmadas. Ela, que tem microcefalia, é um símbolo da luta em favor da vida, pois, aos 24 anos, superou todas as expectativas médicas e hoje leva uma vida normal. “Para as mães que já são grávidas eu diria para procurarem informação, quanto melhor informado sobre a microcefalia, mais a criança vai ter chance de fazer o que está acontecendo comigo”, recomenda a jornalista.
Ana Carolina teve a infância marcada por cirurgias e cuidados redobrados com a saúde por conta da microcefalia, um dos assuntos mais discutidos no Brasil nos últimos meses por ter relação com o zika vírus. Até os 9 anos, foram cinco intervenções cirúrgicas e as piores previsões de médicos. “Minha microcefalia só foi descoberta quando eu nasci. Minha mãe ouviu vários prognósticos, que eu não ia falar, andar, e até mesmo que não sobreviveria”, diz.
“Meu crânio nasceu fechado, então passei por várias cirurgias para retirada de estruturas ósseas, permitindo que o cérebro tivesse espaço para se desenvolver. Posso dizer que, depois desta última cirurgia, meus pais passaram a respirar aliviados e ver que a filha deles tinha sobrevivido”, relembra.
Sem danos cerebrais ou sequelas das operações, o único cuidado que ela precisava na escola era evitar quedas para não bater a cabeça. “Não tinha cobertura óssea suficiente na testa. Mas o cuidado físico era só esse”, relata.
Quando soube da Ação no STF para permitir o aborto em caso de zika, a jornalista sentiu-se “indignada” e fortaleceu a atuação militante na divulgação de informação. “Eu estou defendendo o lado que me representa, das crianças e mães. Defendo que o Estado dê toda a estrutura e apoio a essas famílias”, argumenta.
Além de Ana Carolina, também confirmaram presença o cantor, escritor e apresentador Diego Fernandes, a banda Kyrios Dei e o vocalista Totô, da Banda Expresso HG, que juntamente com outros artistas católicos lançou o clipe da música “Direito de Nascer” no YouTube, que já conta com mais de 2 milhões de visualizações.
Convite
Diego fez um convite especial, utilizando o Facebook. “A vida grita por misericórdia! Precisamos lutar para que não matem nossas crianças. Uma criança é uma bênção. Dá trabalho? Sim. Se é uma pessoa com deficiência dá trabalho? Qualquer pessoa necessita de cuidado. Somos todos carentes. Carecemos de amor. Vamos juntos defender a vida! Toda a vida”, escreveu Diego.
A ação reunirá diversos setores da sociedade civil fortalezense. O movimento faz parte do Ato Nacional em Defesa da Vida e acontecerá, além de Fortaleza, nas seguintes cidades e capitais: Brasília (DF), Canoinhas (SC), Carmópolis de Minas (MG); Ibirité (MG); João Pessoa (PB); Mauá (SP); Petrópolis (RJ); Piedade dos Gerais (MG); Recife (PE); Rio de Janeiro (RJ); Salvador (BA); Manaus (AM); Belém (PA).
Serviço
Ato em Defesa da Vida
Data: 22 de janeiro de 2017
Horário: 16 horas
Local: Praça Portugal
Atrações: Diego Fernandes, Kyrios Dei, jornalista Ana Carolina, Totô (Expresso HG)